Dificuldades de negociação entre sindicatos laboral e patronal mantém a greve dos rodoviários, que ocorre há uma semana.
Segundo as entidades, nenhuma viagem foi cancelada até ontem, mas paralisações atingem cerca de 160 ônibus (50% da frota) diariamente e têm causado atraso de três a quatro horas em saídas. Ontem à noite, em ato, os motoristas pararam enfileirados durante três horas entre os quilômetros 4 e 5 da BR-116.
“A clausura principal que tá pegando é a jornada de trabalho. Os empregados não aceitam”, aponta o procurador regional do Ministério Público do Trabalho (MPT), Gérson Marques, presente na audiência realizada na quinta-feira, 12, a fim de negociar o fim da greve.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Intermunicipal e Interestadual do Ceará (Sinter Ônibus) propõe redução da jornada de trabalho de 44 para 24 horas a alguns trabalhadores, o que diminuiria também os salários. Nesse caso, benefícios como vale-alimentação e plano de saúde podem ser retirados. Essa medida seria aplicada para de 20% a 30% dos funcionários, que são aposentados ou têm outro emprego.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros Intermunicipal e Interestadual (Sinteti), Carlos Jefferson, alega que o sindicato patronal quer fazer “retirada de direitos”. “Estão demitindo um cobrador que ganha R$ 1.260 com direito a vale-refeição e plano de saúde e contratando jovem aprendiz para ganhar R$ 583”, acusa.
Já o presidente do Sinter Ônibus, Mário Albuquerque, lamenta os transtornos trazidos pela greve, principalmente considerando o período de férias, em que maior quantidade de pessoas viaja. Fonte: O Povo
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